Um conceito de fotografia que deve ser entendido logo de inicio, pois sem ele bem esclarecido, não se faz fotografia: É o conceito de quantidade de luz.
Um conceito de fotografia que deve ser entendido logo de inicio, pois
sem ele bem esclarecido, não se faz fotografia: É o conceito de
quantidade de luz.
São dois os componentes de uma câmera que servem para controlar a
quantidade de luz, um é o diafragma e o outro é o obturador. Obturador é
algo presente em câmeras de filme e SLR, as câmeras compactas digitais
não tem obturador do jeito tradicional, mas sim um circuito que permite a
captura para armazenamento da informação que está sensibilizando o
sensor, mas isso é outra história e a explicação de um obturador
tradicional é didática.
O diafragma regula o tamanho da abertura que deixará passar a luz
passar, seria um furo por onde passa menos ou mais luz dependendo do
diâmetro do furo.
O obturador, nas DSLR, é uma cortina que fica na frente do sensor e que
será aberta, permanecendo aberta pelo tempo especificado, no momento em
que se aperta o botão disparador (fotógrafo da antiga, chama o momento
que se faz a tomada de cena da fotografia de disparo, hoje os fotógrafos
novos chamam de clique, influencia do uso de computadores e mouse).
Uma mesma sensibilização do sensor (ou do filme) pode ser conseguida
aumentando a abertura de diafragma e diminuindo o tempo de exposição ou
diminuindo a abertura e aumentando o tempo de exposição.
Os dispositivos - diafragma e obturador - são regulados para que cada
passo para aumento de um seja equivalente a diminuição do outro em
intervalos que se chamam de pontos de EV. Essa característica, onde um
ajuste pode ser compensado no outro para manter a mesma quantidade de
luz capturada, é chamada de reciprocidade (em filmes existe um conceito
chamado de falha de reciprocidade, a regra não vale para tempos muito
longos ou muito curtos de exposição). Nas câmeras mais modernas pode-se
dividir esse ajuste de ponto de EX, tanto da abertura do diafragma
quanto do tempo de exposição (obturador) em frações de pontos (1/2 ou
1/3).
Podemos fazer uma analogia com encher um balde de água. A água
representa a luz, o ajuste do diafragma a abertura que se dá na torneira
e o obturador o controle de tempo que deixamos a água passar. Para
encher um mesmo balde podemos deixar a torneira muito aberta por um
curto tempo ou deixar a torneira mais fechada por um longo tempo.
Com a abertura de diafragma e o tempo de exposição controlamos a
quantidade de luz que sensibilizará o meio de captura da imagem. Mas o
meio de captura (filme ou sensor) também possui uma característica que é
a sensibilidade que ele tem a luz. Nos sensores existe a regulagem da
sensibilidade a luz e nos filmes essa é uma característica química do
mesmo (se bem que no sensor não se altera a sensibilidade, o circuito
tem uma sensibilidade própria, mas podemos amplificar ou reduzir o sinal
elétrico para se ter um meio que registre a luz com mais ou menos
facilidade, mas isso é outra história).
No inicio da fotografia como indústria, começou-se a haver uma certa
padronização de sensibilidade de filmes que culminou numa formalização
de padrão pelo órgão internacional de padrões ISO (por isso dizemos o
ISO do filme), onde os fabricantes de filme fotográfico formalizaram as
questões de sensibilidade a luz, para que os fabricantes de câmeras
tivessem como fazer equipamentos que não dependiam muito de qual filme
estava sendo usado para se ter um mesmo resultado com a mesma regulagem
na câmera na mesma luz incidente.
Com a fotografia digital, os fabricantes viram que o sensor poderia ser
regulado para capturar menos ou mais luz e resolveram ajustar as
escalas de sensibilidade ao mesmo padrão usado nos filmes, assim um
fotógrafo acostumado com filme não precisaria aprender novamente
conceitos para ter os mesmos resultados nos equipamentos digitais.
Os filmes são padronizador para que cada próximo ISO equivalha a um
ponto de exposição a mais que o anterior, assim um filme ISO 200
representa um ponto de exposição a mais que um filme ISO 100, isso quer
dizer que pode-se usar uma velocidade um ponto mais rápida ou um ponto
de diafragma mais fechado quando se usa um filme ISO 200 ao invés de ISO
100.
O mesmo vale para o ajuste de sensibilidade no sensor, se passarmos de
ISO 100 para ISO 200 podemos usar o diafragma mais fechado um ponto ou o
obturador mais rápido um ponto. Note que não é meio ou 1/3 de ponto, é
um ponto inteiro, mas nada impede que se feche o diafragma 1/3 de ponto e
se diminua o tempo 2/3 de ponto (a soma dará um ponto).
São valores comuns de ISO para filmes: 25, 50, 100, 200, 400, 800 e
1600. Os valores muito baixos eram mais comuns no passado (mais ainda
existem para equipamento de microfilmagem - está acabando devido a
digitalização) e os valores mais altos só apareceram comercialmente
depois da década de 1990.
Mas nem tudo são flores. Os filmes com maior sensibilidade aprestam uma
granulação na imagem, pois os elementos sensíveis a luz devem ser
grandes para serem muito sensíveis, isso reduz a definição da imagem
(por isso que filmes de microfilmagem de documento são de ISO baixo,
para ter maior definição) - é como se um filme de ISO baixo tivesse
melhor resolução que um filme de ISO alto.
Curiosamente, com os sensores eletrônicos das câmeras digitais, ocorre
um fenômeno que atrapalha as imagens em ISO alto, é claro que a
resolução do sensor não muda, mas para se amplificar o sinal elétrico
provocado pela luz no sensor, acaba-se introduzindo um ruído elétrico
que faz com que a imagem perca nitidez e apresente pontos com coloração
onde não deveria. A isso se chama ruído.
Tem fotógrafos que dizem que grão é bonito e ruído é feio, mas diversos
programas de edição tratam o ruído e fazem ele parecer o grão. Note que
os sensores digitais de hoje chegam a valores inimagináveis em filme
para a sensibilidade e com um rendimento muito superior que um filme de
mesma sensibilidade. Isto é, o ruído de que um sensor digital provoca na
definição da imagem, por exemplo em ISO 800, é muito inferior a perda
de definição que temos em um filme de mesmo ISO. Isso é mais verdadeiro
para câmeras com sensor de tamanho maior, nas câmera compactas existe
outro fator que implica na diminuição de definição, mas isso é outra
história.
Sei que pode ser uma leitura chata,talvez nesse vídeo você
possa entender diferente ...é mais uma aula pratica e rápida e básica para
entender esses três elementos ..
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